Desapareceram documentos e objetos de valor que talvez te abastecessem de recursos materiais para muito tempo.
Perdeste a oportunidade de garantir uma pensão sólida nos dias do futuro em que teu corpo talvez não mais te auxiliasse a trabalhar pela própria manutenção, unicamente em face da desatenção de alguem ou porque a memória não te auxiliasse a recordar minudências alusivas ao assunto.
Não te permitas destrambelhar o pensamento por isso.
Possivelmente amigos espirituais, zelosos e atentos te houvessem auxiliado a perder essas vantagens em teu próprio beneficio.
Indaga de ti, se estarias efetivamente em condições de trabalhar, caso estivesses com a vida escorada no dinheiro excessivo.
Medita na situação dos parentes aos quais talvez o excesso de recursos financeiros abastasse da obrigação de servir, com a agravante de induzi-los aos perigos da ociosidade dourada.
Recorda aqueles a quem a despreparação para conservar o dinheiro e administra-lo situou em ruinosa segregação ante o medo de perder a susposta superioridade em que passariam a viver.
Pensa nos avanços indébitos da inveja e do despeito sobre os teus dias, por parte daqueles que ainda não aprenderam a respeitar a vida dos semelhantes, caso mantivesses a fortuna fora da circulação e do trabalho, sem utilidade para ninguém.
Lembra as discórdias e demandas de testamentos e inventários, promovidos por teus próprios descendentes, na hipótese da tua morte inesperada, ante os bens materiais que, porventura, deixasses sem justa e proveitosa destinação.
Aceita a vida laboriosa que Deus te concedeu, reconhecendo que a fortuna estará em tuas mãos quando souberes dirigi-la, sem permitir que ela te escravize. Pense nisso... Sempre!
Enoque A Rodrigues
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
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