Amanhã, Segunda-Feira dia 25 de Janeiro de 2010, São Paulo estará comemorando seu 456º aniversário de fundação. A cidade mais rica do Brasil, e centro de um conglomerado de município que formam a grande São Paulo, com população de mais de 16 milhões de almas, tem como uma de suas características o fato de nunca estar concluída. É uma cidade em obras constantes, sejam na sua superfície com milhares de prédios sendo construídos, córregos e rios em processo de canalização e no seu subterrâneo com as obras do metrô.
De 30 anos até esta data, São Paulo sofreu modificação brutal que atingiu, principalmente, bairros operários como Mooca e minha Vila Prudente. Suas centenas de fábricas, de uma hora para outra, foram se mudando, ao mesmo tempo que grandes incorporadoras construíam prédios de apartamentos numa sanha que ainda está longe de ser satisfeita.
O fato é que ainda não metabolizamos tais mudanças que afetaram sobremaneira nossos costumes, tradições e a nossa própria razão de ser. Mesmo assim continuamos amando a cidade e sua gente, em especial a da nossa região, que se recusa a abdicar de suas origens européias. De 30 anos até esta data, São Paulo sofreu modificação brutal que atingiu, principalmente, bairros operários como Mooca e minha Vila Prudente. Suas centenas de fábricas, de uma hora para outra, foram se mudando, ao mesmo tempo que grandes incorporadoras construíam prédios de apartamentos numa sanha que ainda está longe de ser satisfeita.
A data nos obriga a pensar no nosso destino e na escolha de vida que queremos. Ainda há tempo de salvarmos o que nos resta.
É notório que as mudanças e melhorias que os muitos administradores desta bela cidade tem implementado estão muito aquém das necessidades e anseios de sua grande população. As grandes mazelas, próprias das metrópoles com a dimensão de SAMPA estão longe de serem sanadas em definitivo. São enchentes que a toda hora ceifam vidas inocentes à beira de uma encosta qualquer. Trânsito caótico que infernizam a vida do Cidadão contribuinte, transportes insuficientes e deficitários onde o pobre usuário é conduzido ao seu local de trabalho como gado, saúde pública beirando ao caos, etc. O pior de tudo isso é que quando os nossos representantes, quando o Síndico desta belíssima cidade- para mim que tive o privilégio de conhecer outras cidades ao redor do mundo, é minha São Paulo a melhor-, são questionados sobre o porque de tanta desgraça, quando teríamos tudo para sermos os melhores, tergiversam com a velha e conhecida retórica de que a culpa de tudo isso “é de Deus ou São Pedro”, por mandarem muita chuva. São realmente verdadeiros “caras-de-pau”. A maioria dos prefeitos que governaram São Paulo, possuíam títulos de Engenheiros. Vários deles formados pela centenária “politécnica da USP. Mesmo assim, até aqui não conseguiram entender que enquanto não pararem de impermeabilizarem os nossos solos, as águas não terão como escoar. Enquanto não se aprofundarem adequadamente a calha do rio Tietê, principal artéria que corta nossa cidade, de nada vai adiantar tanto investimento, pois o cidadão continuará à mercê do tempo. Por outro lado, parte dos cidadãos não faz sua parte. Obstruem os mananciais com todo tipo de sujeira que, quando chove, como tudo na natureza, retornam para suas origens. É o efeito bumerangue.
Estamos em ano eleitoral. Urge melhor conscientização por parte dos eleitores na escolha de seus governantes. Mas ai também fica difícil pois os mesmos eleitores que vão escolher tais governantes são os mesmos que emporcalham os rios. Neste caso, não tem outro jeito senão apelar para a ajuda dos Céus. É o salve-se quem puder.
Parabéns Cidade de São Paulo. O meu amor por ti já dura 37 anos. Lembro-me quando aqui me aportei. Estão gravados indelevelmente em meu recôndito dias e horas infindáveis que aqui tenho trabalhado.
Enoque A Rodrigues, de São Paulo.
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