sábado, 30 de janeiro de 2010

ASSIM ERA O NOSSO BREJO - PARTE 13 - O Padre Augusto 8...

Sua posse como vigário foi festejada durante oito dias seguidos, recebendo a freguesia das mãos do vigário de Grão Mogol, padre Agapito. Como a paróquia não tivesse casa para residência do vigário, foi residir em companhia de Jacinto Silveira.
A história e a vida deste último não serão, no entanto, narradas nesta crônica. Pela sua ligação e amizade com o Padre Augusto, seu nome aqui aparecerá, como já aconteceu no inicio, apenas com ligeiras referências.
Enquanto o Padre dirigia o povo pelo lado espiritual, à medida que atingia o ponto de maturidade própria aos homens de bom senso e equilíbrio, ele foi alimentando e pavimentando em mente o desejo cada vez mais o desejo de emancipar o distrito.
Iniciara-se na política como correligionário do Dr. Honorato José Alves, de quem se tornara compadre e dedicado amigo. Mais tarde, com o afastamento deste para a Capital Federal, naquela época, Rio de Janeiro, permaneceu ao lado do Dr. João José Alves, ao qual dedicou, mesmo depois da emancipação do município, as suas forças políticas de valor incontestável na região. No tocante a missão que se impusera, de libertar Brejo das Almas das correias que o ligavam à Montes Claros, não era das mais fáceis, porquanto o distrito continuava sendo um foco de desinteligências e de ódios antigos, não se falando na oposição do povo da sede do município.
Ao seu lado, e por influência sua, militava o Padre Augusto que, apesar de sua bondade inata e do amparo que dava aos pobres, granjeou alguns inimigos na classe mais abastada. Assim é que foi tocaiado várias vezes, sem nenhum resultado prático, entretanto.
Para certos homens daquela era, nada mais fácil do que eliminar o adversário, pois a justiça nunca chegava até aquelas plagas. Quando aparecia um cadáver ensangüentado pelas ruas do pequeno lugarejo de Brejo das Almas, ou tomados nos paludes das estradas, o único lenitivo da família era dar enterro condigno ao saudoso parente, recebendo cada um a recomendação toda especial de nem sequer sonhar com o nome do responsável...
Armaram-lhe a primeira tocaia no local denominado “Barreirinho”, a mando de João Soares, tenente da guarda nacional. Para isso, foi contratado um terrível facínora conhecido por Antonio Bahiano, vindo especialmente do estado da Bahia. Quando o Padre Augusto se aproximava da mira da espingarda cartucheira, por intuição provinda de certos fenômenos que ainda estudaremos, sentiu que estava sendo caçado do interior do mato. Como se nada houvesse, determinou que a comitiva acelerasse a marcha, permanecendo para trás entretido na leitura do breviário.
No momento em que seria varado pela carga de chumbos, Antonio Bahiano sentiu fortes dores nos intestinos, acompanhadas de uma paralisia parcial! Trazido para o comércio, quando procurado pelo mandante, passou em seguida, durante vários dias, prostrado em uma cama, até que o Padre Augusto regressasse de Montes Claros. Ajoelhando-se então, aos pés do Sacerdote, em confissão pública, pediu-lhe perdão na presença de todos, exalando ali seu último suspiro.
A primeira escola pública de Brejo das Almas deve a sua criação ao Padre Augusto, que a construiu ao lado da casa de Jacinto Silveira. Como a esposa deste fosse normalista, a seu pedido, o Governo nomeou-a professora, abrindo assim a primeira picada no ensino primário nos sertões de Minas Gerais.
Várias gerações receberam das mãos de Dona Mariquinhas os primeiros ensinamentos. Militando por 35 anos no magistério público, nem assim o Governo do Estado soube reconhecer seu honroso e árduo trabalho, dando ao Grupo Escolar um outro nome que não o seu, negando-se a perpetuar no espírito das novas gerações o nome daquela que fora a primeira professora do lugar e a que mais tempo ali estivera à testa de uma classe!...
Em 1923, após um trabalho interno junto aos maiorais da política, foi criada a Vila de Brejo das Almas, formando um município autônomo do de Montes Claros. Os governos, entretanto, são pródigos em desculpas de exaustão das finanças públicas, para exigirem contribuições mais valiosas dos homens que lideram as comunidades do interior. O Município seria criado, sim, mas instalado quando fossem doados dois prédios ao estado, isto é, um para a Municipalidade e o outro para o Grupo Escolar! Jacinto Silveira não pensou duas vezes: Imediatamente fez as doações dos dois prédios iniciando em seguida suas respectivas construções.
Durante a construção do primeiro deles, o líder do povo de Brejo das Almas, Jacinto Silveira, sentiu pela primeira vez que seu organismo estava se ressentindo de tão árduos trabalhos enfrentados. Sua mão direita não mais queria aceitar o comando do cérebro, tornando-o quase que um inválido. O povo supersticioso por tradição, atribuía aquela moléstia “coisa feita” pelos inimigos políticos invejosos do prestigio que Jacinto Silveira gozava junto ao Governo.
Entretanto, de fundo nervoso ela se manifestava realmente quando certa vez, por qualquer motivo fútil, fora ele ameaçado de morte dentro da sua própria casa. Era esta moléstia o terrível mal de Parkinson que acabou ceifando a vida do grande homem publico de ideais empreendedores.
Um grande abraço, conterrâneos!
Enoque A Rodrigues, de São Paulo, SP.

domingo, 24 de janeiro de 2010

SÃO PAULO, MEU AMOR! PARABÉNS PELOS 456 ANOS!!!

Amanhã, Segunda-Feira dia 25 de Janeiro de 2010, São Paulo estará comemorando seu 456º aniversário de fundação. A cidade mais rica do Brasil, e centro de um conglomerado de município que formam a grande São Paulo, com população de mais de 16 milhões de almas, tem como uma de suas características o fato de nunca estar concluída. É uma cidade em obras constantes, sejam na sua superfície com milhares de prédios sendo construídos, córregos e rios em processo de canalização e no seu subterrâneo com as obras do metrô.
De 30 anos até esta data, São Paulo sofreu modificação brutal que atingiu, principalmente, bairros operários como Mooca e minha Vila Prudente. Suas centenas de fábricas, de uma hora para outra, foram se mudando, ao mesmo tempo que grandes incorporadoras construíam prédios de apartamentos numa sanha que ainda está longe de ser satisfeita.
O fato é que ainda não metabolizamos tais mudanças que afetaram sobremaneira nossos costumes, tradições e a nossa própria razão de ser. Mesmo assim continuamos amando a cidade e sua gente, em especial a da nossa região, que se recusa a abdicar de suas origens européias.
A data nos obriga a pensar no nosso destino e na escolha de vida que queremos. Ainda há tempo de salvarmos o que nos resta.
É notório que as mudanças e melhorias que os muitos administradores desta bela cidade tem implementado estão muito aquém das necessidades e anseios de sua grande população. As grandes mazelas, próprias das metrópoles com a dimensão de SAMPA estão longe de serem sanadas em definitivo. São enchentes que a toda hora ceifam vidas inocentes à beira de uma encosta qualquer. Trânsito caótico que infernizam a vida do Cidadão contribuinte, transportes insuficientes e deficitários onde o pobre usuário é conduzido ao seu local de trabalho como gado, saúde pública beirando ao caos, etc. O pior de tudo isso é que quando os nossos representantes, quando o Síndico desta belíssima cidade- para mim que tive o privilégio de conhecer outras cidades ao redor do mundo, é minha São Paulo a melhor-, são questionados sobre o porque de tanta desgraça, quando teríamos tudo para sermos os melhores, tergiversam com a velha e conhecida retórica de que a culpa de tudo isso “é de Deus ou São Pedro”, por mandarem muita chuva. São realmente verdadeiros “caras-de-pau”. A maioria dos prefeitos que governaram São Paulo, possuíam títulos de Engenheiros. Vários deles formados pela centenária “politécnica da USP. Mesmo assim, até aqui não conseguiram entender que enquanto não pararem de impermeabilizarem os nossos solos, as águas não terão como escoar. Enquanto não se aprofundarem adequadamente a calha do rio Tietê, principal artéria que corta nossa cidade, de nada vai adiantar tanto investimento, pois o cidadão continuará à mercê do tempo. Por outro lado, parte dos cidadãos não faz sua parte. Obstruem os mananciais com todo tipo de sujeira que, quando chove, como tudo na natureza, retornam para suas origens. É o efeito bumerangue.
Estamos em ano eleitoral. Urge melhor conscientização por parte dos eleitores na escolha de seus governantes. Mas ai também fica difícil pois os mesmos eleitores que vão escolher tais governantes são os mesmos que emporcalham os rios. Neste caso, não tem outro jeito senão apelar para a ajuda dos Céus. É o salve-se quem puder.
Parabéns Cidade de São Paulo. O meu amor por ti já dura 37 anos. Lembro-me quando aqui me aportei. Estão gravados indelevelmente em meu recôndito dias e horas infindáveis que aqui tenho trabalhado.


Enoque A Rodrigues, de São Paulo.











sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

...ASSIM ERA O NOSSO BREJO - PARTE 12 - O Padre Augusto... 7

Antes de dar seqüência à narrativa sobre a vida do Padre Augusto Prudêncio da Silva, quero registrar e agradecer aos queridos amigos por ter esta humilde página que mantenho no conceituado City Brasil alcançado nesta semana a marca de 20.300 acessos. Obrigado amigos por conceder-me a honra de suas atenções.
-Em 1904, depois de haver exercido o cargo de presidente da Câmara e chefe do Executivo em sua terra natal, Montes Claros, após eleição disputadíssima e cheia de peripécias, por solicitação própria feita a Dom Joaquim Silvério, sucessor de Dom João, foi transferido para a freguesia de São Gonçalo de Brejo das Almas, hoje Francisco Sá.
Tratava-se de um recanto solitário, para onde nenhum outro padre se arriscaria. Pequeno lugarejo aquém da serra do Catuni, tivera origem na época colonial, quando o garimpeiro audacioso se aventurava pelo sertão à procura das afamadas pedras preciosas.
A estrada por onde eles transitavam deveria ter sido a mesma aberta pelo bandeirante Antonio Gonçalves Figueira para ligar Montes Claros aos currais da Bahia.
Grão Mogol, em virtude de sua riqueza em pedras preciosas, tornara-se logo o foco de centenas de aventureiros; dali o desbravamento que se foi operando no sertão, vindo os mesmos se reverter em Montes Claros, passando por determinado pouso nos contrafortes da serra do Catuni, próximo à nascente do rio Gorutuba.
Nessa toca cheia de aventureiros audaciosos que não temiam a cólera de El-Rei de Portugal, eram os mais afortunados traiçoeiramente assaltados e deles surrupiados os famosos “picuás” recheados de pedras preciosas. Depois, tangidos os seus corpos dentro dos muitos brejos ali existentes.
Os garimpeiros amedrontados, deram ao lugar o nome de “Brejo das Almas”. Referindo-se a esta toponímia tão original, explicava o Professor Neco Surdo: BREJO, porque havia inúmeras lagoas na região, em cujas águas tranqüilas e mornas os salteadores lançavam os corpos dos garimpeiros. DAS ALMAS, porque aquelas almas penadas como que por aqui ficavam até quando Nosso Senhor Jesus Cristo queria...
Neco Surdo era o velho mestre-escola daquelas gerações masculinas que por ali nasciam. Ranzinza e fiel seguidor dos saudosos tempos da régua e da palmatória, arrancou ele muitas orelhas de meninos, nos quais legou heróicas cicatrizes de ferozes combates travados com o BÊ-A-BÁ.
Velho e alquebrado, tomava sérios trotes da criançada que aproveitavam da surdez do mestre para lhe retribuir os “carinhos” com os mais feios palavrões!...
Porque crescessem assustadoramente os assaltos aos mineiros, resolveu o Governador do Estado de Minas estabelecer em Brejo das Almas um posto policial, sendo então designado para comanda-lo o Sargento-Mor Jerônimo Xavier de Souza, ex-comandante de um batalhão de Dragões lá em Santo Antonio do Itacambiruçú. Um neto seu, de nome Cristiano Carlos Xavier, dizia que o Sargento-Mor fora para ali por ordem do Imperador, alegando que o mesmo requerera, no ano de 1835, a divisão da Fazenda. O certo é que o Sargento-Mor, ciente de que sua árdua missão naqueles sertões seria mais a de colonizador, convidou algumas famílias de Vila Rica para se aventurarem com ele, época então em que os primeiros sertanistas se estabeleceram, definitivamente, naqueles cafundós do norte das Minas Gerais. Essas famílias eram os Alves da Silveira, Gonçalves e Pereiras, e Xavieres, esta última a do Sargento-Mor.
Ao mesmo tempo em que travava combate com os tocaieiros, ele foi colonizando a região, distribuindo terras aos amigos que, em sua companhia por ali se aventuravam. Daí nasceram várias fazendas de criar e vários engenhos de cana de açúcar, vindo o fazendeiro José Alves da Silveira, quase um século depois, tornar-se um grande patriarca e “senhor de engenho”. Era casado com dona Antonia Joaquina da Luz, cujos filhos deram ao lugarejo uma descendência hoje avaliada em alguns milhares de pessoas!
A primeira criança batizada pelo Padre Augusto, ainda em Montes Claros, chamou-se Osório que por isso mesmo tomou-o como pupilo, sendo responsável por sua criação e educação. Com alma generosa e desprendida de bens materiais, suavizava misérias e consolava também com carinho os desamparados. Era uma grande Alma.
De vez em quando o Padre Augusto, montava a cavalo e chegava até o distrito de S. Gonçalo de Brejo das Almas, a fim de visitar os parentes. Ele já ia ali anteriormente para ministrar as festas religiosas, hospedando-se com Luiz Gomes, avô de José Fernandes, o primeiro menino tomado, verdadeiramente para ser criado em sua casa. Falecida a sua mãe, em Montes Claros, consolidou-se a sua transferência em definitivo para a freguesia de Brejo das Almas.
Semana que vem tem mais. Um grande abraço meus conterrâneos.
Enoque A Rodrigues, de São Paulo, SP.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

...ASSIM ERA O NOSSO BREJO - PARTE 11 - O Padre Augusto... 6

Precisava se despedir agora do Seminário, galgar a serra e tomar o rumo do sertão de Minas. Era mais outra família que ele deixava para trás. À porta estavam aglomerados os mestres queridos. Como na despedida de Montes Claros, há 12 anos atrás, abraçou a cada um ternamente, com uma lágrima furtiva umedecendo-lhe os olhos atrás dos óculos...Galgando o lombo de uma besta, foi abanando de novo o seu lenço branco, despedindo-se dos entes queridos, até que a alimária sumiu-se numa encruzilhada do caminho...
Enquanto a mula andava naquele passo cadenciado pelas serranias afora, o agora Padre Augusto ia passando pela recordação, os colegas de Seminário: Justiniano Fernandes de Azevedo, Honório Benedito Otoni, Antonio de Souza Neves, Álvaro da Mata Machado, Genesco Alves Pereira, Antonio Augusto Versiani, Antonio Homes da Silva Chaves Jr., José Gomes da Silva Chaves, Antonio Francelino Lafettá, Feliz Antonio de Souza Brandão, Teófilo Vieira de Andrade, Davi Eloi Otoni, Francisco Augusto Alkmin, Assis Moreira da Silva, Herculano dos Santos Mourão, Augusto Clementino da Silva, Maximiliano da Silva Rolim, Sabino Barroso, José Ferreira de Andrade e Edmundo Lins...
A primeira missa deve ser o marco inicial na vida de um sacerdote católico. Como o soldado ao receber o batismo de fogo, é diante do altar que ele toma verdadeiro contato com as coisas Divinas, relembrando principalmente o sacrifício tremendo que se desenrolou pelas ruas da Sagrada Jerusalém, até o final doloroso do alto do Calvário.
Diante do altar da religião que abraçou, o jovem sacerdote sente uma tensão extraordinária! Com o pensamento, percorre os primórdios da humanidade, vindos de Adão e Eva no Paraíso Terrestre, passando pelo Dilúvio Universal, até a chegada de Abraão vindo da Caldéia; de Jacó sonhando com a escada miraculosa que ia até a porta do céu; da região pastoril, suave e tranqüila onde ele chorou a morte de sua amada Rachel; dos sofrimentos e da grandeza de José, governador dos povos, de Moises com os hebreus no deserto; de Davi cantando os Salmos aos acordes de sua lira; da grandeza do rei Salomão e dos pórticos grandiosos dos templos de Jerusalém; finalmente, de Jesus a pregar diante das turbas de Judeus que O levaram ao sacrifício redentor da Cruz!
Aquela data de 16 de agosto de 1879 ficaria gravada indelevelmente nos corações daquela gente, pois nada mais providencial, aos sentimentos do povo antigo, do que receber a benção de um sacerdote da própria terra sobre a qual Deus lançara o seu olhar e a centelha do Seu amor!
Vestindo uma batina nova, de tecido brilhante, colarinho rendado e um barrete de três bicos, o Padre Augusto saiu de casa acompanhado de uma grande multidão de povo. Cada qual queria ter a primazia de estar junto dele! Ao chegar a porta da Igreja, uma fila de meninas saúda-o atirando-lhe pétalas de rosas!
A Igreja era pequena para os amigos e fieis! Paramentado, galgou ele os primeiros degraus do altar! Naquele instante, querendo retroceder o pensamento às coisas do passado, suas idéias avançavam, no entanto, para os dias do futuro, mostrando-lhe antecipadamente a árdua missão que lhe fora destinada!
Sempre tivera uma atração especial pelos pequeninos, menos favorecidos e abandonados, sem pai e sem mãe, filhos espúrios da adversidade, criados à mercê do vicio e da corrupção, assim como o Divino Mestre se compadecia das mulheres perdidas!
Enquanto outros menos escrupulosos se compraziam em galgar postos na carreira sacerdotal, aquele tinha em mira o amparo ao menor abandonado, aos sofredores, tendo como modelo o imortal São Vicente de Paulo. Assim foi que, durante a cerimônia de sua primeira missa, se viu transportado em espírito aos paramos infinitos aonde viu centenas de criancinhas vestidas de branco e cercando com alegria o Mestre Divino!
Aquela visão impressionante talvez fosse a trilha que o Senhor traçava para ele, aceitando a sua vocação de pai adotivo de dos filhos sem nome, pois Ele próprio não dissera quando os discípulos O afastavam das crianças, que estas são o Reino dos Céus?
Quando pronunciou a ultima silaba da liturgia da Igreja, naquele instante exato, o antigo pupilo do Cônego Chaves entrava verdadeiramente na carreira sacerdotal que tanto dignificaria durante mais de meio século!...
No próximo sábado, 23/01/2010, estarei dando inicio a narração de sua transferência para São Gonçalo de Brejo das Almas, hoje, Francisco Sá, “beldade do norte de Minas”, onde exerceu por mais de 40 anos o mais puro sacerdócio.
Um grande abraço “brejeiro” para vocês, meus conterrâneos!!!
Enoque A. Rodrigues, de São Paulo, SP.









O EVANGELHO SEGUNDO JUDAS

Caros amigos!

Recebi hoje, após tanto tempo de garimpagem, livro "O Evangelho Segundo Judas", publicado pela Polígono Artes Gráficas, em 1982, escrito pelo maior escritor já produzido pelo norte de Minas Gerais, Geraldo Tito Silveira, o mais ilustre filho de Francisco Sá.

Por incrivel que possa parecer, tanto as capas como as folhas de mencionado livro que adquiri no Sebo de Renato Mauro Ribeiro, localizado na Rua da Bahia, 1148, em BH, se encontram intactasou quase novas.

Ainda não iniciei a leitura, mas parece tratar-se de temática bíblica ou com algumas passagens inerentes a este libro Sagrado. O certo é que, mesmo não tendo ainda lido, estou convicto que pelo simples fato de ter sido escrito por Geraldo Tito, já me dá a sensação de ser "coisa bôa".

Prometo que após concluir a leitura de "O Evangelho Segundo Judas", comentarei com vocês!!!

Com este já são 8 (oito livros que possuo do gran de Geraldo Tito Silveira.

Um grande abraço para vocês e uma ótima leitura para mim!

Enoque A Rodrigues.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

CHOVE NA ZONA LESTE...

Chove torrencialmente agora em São Paulo. A Zona Leste, para variar já a partir da Vila Prudente, está toda debaixo dágua. Alô Kassab!!!

Enoque A Rodrigues

domingo, 10 de janeiro de 2010

"ESTAMOS NO ANO DAS ELEIÇÕES... E AGORA?"

 O ano de 2010 promete revolucionar a vida Politica Brasileira. Estaremos realizando as eleições onde aqueles que nos afligiram com seus desmandos como, mensalão, dinheiro na cueca, etc., estarão agora utilizando-se de suas mil faces camaleônicas no sentido de, uma vêz mais, ludibriarem a fé pública, com desesperadoras promessas de um "céu de brigadeiro" para todos nós, tanto na vida social como econômica, com o intuito puro e simples de angariarem os votos que necessitam para leva-los outra vêz ao Poder, onde, lá chegando, nada, absolutamente nada fazem em benefício dos menos favorecidos. Sequer se dão ao trabalho de ocultarem suas falcatruas as quais realizam em plena lúz do dia.

É tempo de nós eleitores tomarmos vergonha na cara e deixarmos de votar em quem nos fazem promessas ou planos inexeqüiveis. Para começar o nosso voto não deve ser utilizado como moeda de troca. Ele deve ser exercido conscientemente e de maneira inegociável. Por que senão não teremos como, uma vêz eleito o candidato de nossa preferência, cobrar-lhe que cumpra de maneira exemplar o mandato que nós lhe confiamos.
Vamos pensar nisso!!!
Um abraço a todos!!!
Enoque A Rodrigues

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

...ASSIM ERA O NOSSO BREJO - PARTE 10 - O Padre Augusto... 5

-“É pena... Estou aflito para retribuir tudo que meu padrinho tem feito por mim. Viajarei em seu lugar, percorrerei aquelas estradas que tanto me cativam. Ao invés dele se magoar no lombo do cavalo, assumirei a direção das Capelas do interior, onde me será facultado ainda consolar os aflitos. Mas não se pode ser Padre antes dos 21 anos... E eu terminarei o curso antes desta idade...”

A ampulheta do tempo continuava girando para o outro lado. Vieram as ordens maiores: a 20 de Junho de 1878, as ordens de Subdiácono; a 21 de Dezembro do mesmo ano, as de Diácono. Faltavam-lhe apenas poucos meses de estudos!...

Augusto Prudêncio era, então, um rapaz alto e musculoso, lábios grossos, olhos muito azuis. Usava óculos pequenos com aros de ouro. Seus mestres tinham-no como o melhor aluno e já o desejavam como colega de magistério. Disseram-lhe, certa vez os Padres Corrêa Rabelo e Geraldo Teissandier:

-“Prudêncio, com essa cultura sólida que adquiriu você está apto a lecionar em qualquer estabelecimento. Deve ficar em Diamantina, porque será aproveitado como professor”.

Voltando os olhos para ás altura do Cosmo, o jovem presbítero procurava por certo as pegadas do Divino Mestre:

-“Prefiro a região do alto norte de Minas. Ali encontrarei campo mais propício para exercer o meu ministério. Desejo me dedicar à infância abandonada e penso ser um Padre da roça...”

Aprovado, foi designado professor de latim dos cursos menores do Seminário, à espera de atingir a idade exigida para se ordenar. Enquanto isso ia pensando com impaciência no dia feliz que retornaria para rever as belezas da velha Matriz toda enfeitada de flores no dia de sua “Missa Nova...” Saudoso por reencontrar tudo aquilo que era parte integrante de seu próprio “eu”, seu coração volvia, no entanto, para os recantos amigos do Seminário que o acolhera. Ali recebera, com carinho e verdadeira dedicação, os santos ensinamentos da doutrina de Jesus Cristo, seu amado Mestre; ali lapidara as arestas do seu caráter, recebendo daqueles “titãs”, na feliz expressão de Edmundo Lins, conhecimentos que talvez lhe não propiciassem as maiores Faculdades do mundo!

O seminarista precisava naquela época de um dote para se ordenar, tal qual a noiva antiga no dia de suas núpcias!... E ele era pobre, muito pobre! Seu pai já não mais existia! Seu Padrinho, o Cônego Chaves, falecera também! Entraria no mundo como o próprio Jesus Cristo, isto é, pobre como nascera!...

Mas o próprio Jesus, que lhe dera a vocação de se abster das coisas do mundo, viria em socorro seu, dando-lhe um pedacinho de terra: um primo seu, José Rodrigues Prates, lá de longe, sentindo aquela dificuldade, deu-lhe de presente uma gleba de terra.

Durante a cerimônia da ordenação que se deu no dia 3 de agosto de 1879, ao som de belas e comoventes músicas sacras, o jovem Sacerdote volveu de novo o olhar para a imagem do Cristo Crucificado. Parecia-lhe que o mesmo fulgor de estrelas aureolavam a fronte do Nazareno e que uma voz lhe dizia lá do alto do Altar: “Este é um dia sublime em tua vida, quando volves para receber o madeiro da cruz por tua própria solicitação. Ser um bom Padre é carregar o símbolo dos delitos, emblema das provas por que tem de passar todas as criaturas. Vencido na Terra por aqueles que se comprazem com o mal, serás coroado nas amplidões siderais. Por mais pesada que seja a tua missão, nunca te faltará o auxilio do alto. Não te esqueças jamais que os mansos e humildes de coração, espezinhados e oprimidos, que levam o manto sujo ao invés do aveludado da púrpura, é que serão amanhã exaltados. Tua viagem desta vez será longa e penosa. Levanta-te!”

Como se houvera acordado de um sonho maravilhoso, tudo se transformou de novo para o jovem ordenando. Reapareceram-lhe a figura majestosa de D. João, dos acólitos e dos venerandos padres do Seminário. A voz Divina cedera lugar aos acordes da musica sacra que se ouvia do alto, a imagem do Cristo Crucificado continuava impassível, rígida e serena, presidindo o ato solene de cima do altar...

Enquanto isso, Brejo das Almas, hoje Francisco Sá, ”beldade do norte de minas”, para onde o agora Padre Augusto Prudêncio da Silva se transferiria, futuramente, para ali exercer o mais puro Sacerdócio, crescia e prosperava, rodeada de seus engenhos de cana de açúcar com suas moendas de madeira e suas vastas e já naquele tempo infinitas plantações de alho, cultura esta que a consagraria, muito tempo depois como a “capital desta hortaliça”, orgulho de nós “brejeiros. Semana que vem tem mais. Um grande abraço, meus conterrâneos.
Enoque A Rodrigues, de São Paulo, SP.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

ROUBO EM TORRE DE INTERNET NO BREJO

A madrugada desta segunda-feira (21) foi movimentada no município de Francisco Sá, no Norte de Minas Gerais. De acordo com a Polícia Militar, por volta das 04h30, três homens foram vistos furtando aparelhos eletrônicos instalados na torre que fornece sinal de Internet na cidade.

Após denúncias de motoristas que passaram às margens da BR-251, a polícia foi até o local e fez contato com os funcionários da empresa proprietária da torre. Eles verificaram os objetos furtados, mas afirmaram que ninguém mais estava no local.

Segundo a PM, durante rastreamento na região foi localizado um dos suspeitos. O homem, que estava em um carro branco, sem placa, portava um revólver calibre 32 e tinha 11 cartuchos intactos. O material estava guardado em uma bolsa de notebook. O homem foi preso e encaminhado à Polícia Civil. (Fonte: O Tempo.

ENOQUERODRIGUES disse...

Quanta saudade sinto do meu "brejo antigo" onde podíamos dormir com portas e janelas abertas, sem quaisquer preocupações senão, de quando em vez, com a picada de um afoito e inocente inseto.

É muito triste constatarmos que "nosso brejo", apesar de ainda preservar linda e bucólica paisagem própria de cidades do interior mineiro, traga em seu bojo, a sanha de alguns que insistem em quebrar-lhe a paz e tranqüilidade. É lamentável! Enoque A Rodrigues

ZONA LESTE DEBAIXO DÁGUA

Até quando as autoridades que administram esta nossa cidade tomarão uma providência no sentido de se solucionar de uma vez por todas os problemas das enchentes em São Paulo?

Não é possivel que a cada chuva, por mais amena que seja, deixe nossos cidadãos aqui residentes e onde deixam grande parte de seus recursos em impostos, apreensivos e atônitos, sempre a espera de que o pior venha acontecer. Este pior, quando não lhes ceifam a própria vida, acaba levando seus pobres pertences adquiridos, na maioria das vezes em suaves prestações a perder-se de vista.

Estamos em pleno inicio das estações das águas. Urge que estes senhores, que só visitam a periferia na época de eleições, tomem iniciativas sólidas e coerentes com os anseios e necessidades de nosso povo.

Mas não seria esperar muitos dessa leva de politicos inescruposos desprovidos de sentimentos sociais e Cristão que só vê no eleitor um numero a mais para se elegerem? É isso ai, meu povo. É tempo de todos nós darmos o troco para esta "fauna". É muito simples: não votem em ninguém. Depois de tantas eleições está mais que provado que a tão sonhada e propalada Democracia só beneficiou os politicos que enriquecem a cada dia as nossas custas.

Enoque A Rodrigues 

domingo, 3 de janeiro de 2010

"QUEM É ESTE SENHOR ???"

Lembro-me de que nos áureos tempos do secular Jornal “Diário Popular”, hoje o ruim de ler e descaracterizado “Jornal de São Paulo”, havia uma coluna denominada “Mural da Cidade”, onde eram publicados episódios insólitos sobre a vida da Cidade. Certamente se ainda hoje existisse o “Mural”, tenho certeza que ele já teria feito uma matéria sobre um cidadão, vestido com terno impecável, gravata borboleta, luvas brancas nas mãos, uma faixa presidencial sobre o peito, com a Bandeira Nacional em uma das mãos, enquanto a outra ele utiliza para apontar para o viaduto inacabado, cujo viaduto mais se parece com um “elefante branco”, às margens da Rodovia Presidente Dutra, ou precisamente no quilometro 219,2 no município de Guarulhos. Todos os dias faça chuva ou faça sol, frio ou calor, inclusive aos sábados, lá está este senhor. Cor branca, altura mediana, olhar firme e compenetrado o qual só desvia quando algum motorista que passa pela Dutra lhe acena ou envia algum cumprimento ou gracejo que ele corresponde com cordial sorriso. Todos os dias passo pela Dutra a trabalho e confesso que tenho muita curiosidade de um dia ouvir este cidadão, apenas para saber qual é o propósito de seu gesto. Não, não parece tratar-se de alguém com algum distúrbio mental. Mas de alguém que talvez, quem sabe, movido por algum incontrolável sentimento de cidadania utiliza desta postura para chamar a atenção das autoridades. Quem sabe, já não seria tempo de algum jornal fazer uma matéria com ele. Creio que seria muitíssimo importante. Um abraço. Enoque A Rodrigues, São Paulo, SP.

sábado, 2 de janeiro de 2010

...ASSIM ERA O NOSSO BREJO - PARTE 9 - O Padre Augusto... 4

Em 1865, o primeiro bispo de Diamantina, Dom João Antonio dos Santos, com o beneplácito do Governo Imperial, resolvera fundar na cidade o Seminário Diocesano, para o qual obteve a necessária licença para escolher o professorado.
O bispo Dom João foi em vida o homem mais amado que houve em Diamantina, e é por isso que o seu nome, que por si só evoca as recordações mais ternas de um anjo que passa, deixando após si rastro luminoso, é por isso que seu nome vive na memórias de todos até os dias de hoje, da qual passará à imortalidade.
Este ilustre prelado era filho do Capitão Antonio José dos Santos e de dona Maria Jesuína dos Santos. Viu pela primeira vez a luz do dia no ano de 1818 numa fazenda dos seus antepassados, posteriormente adquirida pelo Monsenhor João Floriano dos Santos Correa e Sá, de quem se contavam as mais célebres anedotas as quais eram sempre confirmadas pelo seu escravo e sacristão Tiburcio.
O jovem Augusto Prudêncio, tornando-se mais tarde o Sacerdote humilde e simples que vivia para os menos afortunados, deve ter tomado por apanágio a figura desse grande vulto da Igreja de Roma, da sabedoria e da modéstia que formavam o caráter de dom João Antonio dos Santos.
Conta-se que não possuindo o Bispo o numerário suficiente para a construção do prédio do Seminário, um ano após a sua fundação, dava inicio a uma construção na parte alta da cidade, empregando nela o dinheiro destinado ao Palácio Episcopal.
Assim procedendo, daria ele mais um exemplo de abnegação e modéstia, deixando por ultimo um cometimento que mais serviria para o conforto pessoal dos Bispos, do que da própria coletividade.
Entrementes, na Casa do Contrato, internavam-se alguns alunos novos juntamente com outros remanescentes do extinto Ateneu, local que deixara de funcionar em virtude da própria criação do Seminário.
A Casa do Contrato pertencia ao Governo Imperial e na época dos grandes mineradores, fora residência dos contratantes, dentre eles o célebre Felisberto Caldeira Brant.
Mais ou menos quando os seminaristas aguardavam transferência para o prédio novo, após uma viagem estafante de Montes Claros a Diamantina, o jovem Augusto Prudêncio foi internado no Seminário.
Nos primeiros dias, com a ausência do padrinho e protetor, sentia-se ele acabrunhado e meditabundo.
Chorava quando se recolhia, lembrando os entes queridos deixados para trás, sonhando com aquelas viagens pelo sertão em companhia do vigário. Entretanto, como fosse um menino aplicado e perseverante, conformado com os triunfos e reveses da vida, tornou-se logo querido dos mestres.
Assim foi que dentro de pouco tempo, marchava a passos largos nos estudos, demonstrando precocemente a sua capacidade de tudo assimilar em poucos instantes. Tinha como colega um mocinho mais ou menos de sua idade, de nome Edmundo Lins, que bem mais tarde se tornaria Ministro do Supremo Tribunal Federal.
Passados que foram os primeiros anos, os missionários do Caraça foram pregar missões em Diamantina. Nessa época o jovem seminarista Augusto já ia longe e estava por poucos anos para atingir o seu desiderato. Cercando o púlpito donde falavam os missionários, viam-no ali com os colegas Álvaro da Mata Machado, Antonio de Souza Neves e Neto Amarante. Eles seguiam de perto, com os olhos expelindo chispas de entusiasmo, os menores gestos dos missionários. Uma emoção indefinida fazia vibrar aqueles corações, despertando neles sentimentos ignorados! Sentiam as almas abaladas por uma emoção estranha e como que pairando acima de tudo! Tornaram-se assim impregnados de uma fé absoluta, capaz das maiores abnegações!
Entusiasmado com o desenvolvimento que o pregador dava às páginas magníficas dos Evangelhos, o jovem Augusto tornava-se ao mesmo tempo acabrunhado, pensando e soluçando intimamente.
Enquanto isso, a pequena comunidade de São Gonçalo de Brejo das Almas, hoje Francisco Sá, ”beldade do norte de minas”, para cujo rincão ele futuramente se transferiria para exercer o mais puro Sacerdócio por mais de quarenta anos, florescia às margens do Gorutuba, entre seus morros do mocó e catuni e mais adiante o da “maceira”. Semana que vem tem mais. Um grande abraço, meus conterrâneos. Enoque A Rodrigues

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

"ANO NOVO... CARAS VELHAS!!!"

Olá amigos!
Bom dia para todos!
Aqui estamos diante de um novo ano que muito prometec. No ampo da Política o maior destaque é para as eleições presidenciais.
De um lado temos o Lula tentando transferir para uma tal de "Dilma", que muito poucos sabem de onde veio, de sua "dúbia" popularidade adquirida com o famigerado "bolsa família", onde o não menos famigerado estado, sempre omisso e ausente, divulga aos quatros cantos do Planeta, como se grande favor estivesse fazendo aos menos favorecidos pela sorte, ações comunitárias contra a fome como se isso não fosse obrigação de todo e qualquer Governo.
Aliás, é oportuno lembrarmos neste primeiro dia de Janeiro que o populismo sempre foi uma marca do governo Luiz Inácio. Assim como a omissão diante das mazelas levadas a efeito por seus protegidos, como no caso dos vários mensalões e mais recentemente com aquela "múmia viva" com alcunha de "Sarney" que se esconde atrás do "José Ribamar Ferreira Costa".
O paternalismo do estado se inicia exatamente quando este deixa de tomar iniciativas e praticar as ações para as quais seu titular foi eleito. É muito triste ver a montanha de dinheiro de nossos impostos ser gasta de maneira tão vulgar e irresponsável.
É certo que Luiz Inácio não medirá esforços para emplacar sua ilustre e desconhecida candidata às eleições de 2010. Terá certamente muitos votos a partir da migalha que ele distribui aos nossos irmãos pobres que talvez não tenham o discernimento suficiente para separar o "joio do trigo". Resta-nos pedir ao Criador de todas as coisas dotar-lhes de esclarecimentos suficientes que os permitam fazer estas escolhas na hora do sufrágio. E que Deus nos proteja!!!
Enoque A Rodrigues